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Foto do escritorLucinê Costa e Silva - Psicóloga

DEPRESSÃO BIPOLAR

Atualizado: há 11 minutos



O TRANSTORNO BIPOLAR para a maioria das pessoas apresenta-se com mais episódios depressivos, apesar de a fase maníaca ou hipomaníaca ser a que mais chama a atenção.


A fase depressiva é a que muitas vezes domina o curso da doença e é também a fase que suga a vida das pessoas, pois perdem seus desejos pela vida, a autoestima fica muito rebaixada, a motivação não existe e qualquer coisa que mantém a vida em funcionamento, simplesmente desaparece. Isso afeta a capacidade de trabalhar, a vida familiar, a participação em eventos sociais, a energia para seguir projetos pessoais como, carreira profissional e vida acadêmica. A culpa por não conseguir manter a vida em funcionamento, só faz intensificar a depressão.

Na fase de ativação, principalmente no Transtorno bipolar tipo 2, também há muitos prejuízos, mas as pessoas com o transtorno podem não se sentem tão incomodadas, pois a vida de certa forma está em funcionamento. Ao saírem da depressão e irem para a fase da hipomania pode parecer que houve melhora e que daquela forma seria o jeito “normal” da pessoa.


DEPRESSÃO NÃO É TUDO IGUAL


A depressão bipolar também é difícil de diagnosticar e, portanto, de tratar. Alguns estudos sugerem que até 50% das pessoas com transtorno bipolar são diagnosticadas erroneamente com depressão unipolar. Não há uma distinção clara entre a depressão unipolar e a bipolar por isso há uma dificuldade em fazer o diagnóstico correto. Os sintomas são os mesmos, porém, o tratamento para uma depressão bipolar é muito diferente do tratamento para a depressão unipolar.

A maioria das pessoas busca tratamento quando estão no episódio depressivo, sendo assim, é necessária uma investigação detalhada para o diagnóstico correto.

As depressões bipolares normalmente aparecem antes dos 25 anos, acontecem por mais vezes e são mais resistentes a medicamentos.

Como a depressão bipolar e unipolar são muito semelhantes, é importante na entrevista inicial com um profissional de saúde falar sobre a história familiar, pois no transtorno bipolar o fator genético é muito importante, também identificar se houve períodos da vida em que esteve se sentindo mais energizado, humor mais expansível ou mais irritado, ou comportamentos mais impulsivos ou de risco. Essas informações são muito importantes para o especialista, caso contrário, a tendência é tratá-la como se fosse depressão unipolar, apenas com antidepressivos, o que pode servir de combustível para um episódio maníaco/hipomaníaco ou para quadros mistos.


IDENTIFICANDO OS GATILHOS DA DEPRESSÃO


Assim como a mania/hipomania, saber quais estressores deixam você vulnerável à depressão pode ajudar a prevenir recorrências. Falta de sono, estresse relacionado ao trabalho e eventos traumáticos podem ser gatilhos.

Coisas que parecem ser boas podem não ser para algumas pessoas. Por exemplo, as férias podem ser particularmente muito ruins para alguém, pois pode despertar memórias infelizes da infância, saída da rotina, e se tornar um gatilho. Ao invés de relaxar a pessoa se torna tensa, ansiosa, irritável, triste, desanimada. Os sentimentos desconfortáveis e a quebra da rotina podem fazer eclodir o episódio depressivo.

Além disso, há os fatores de estresse além do controle, como problemas de saúde ou a morte de um ente querido. É sempre importante identificar os gatilhos para se proteger de uma recaída depressiva.


GRENCIANDO A DEPRESSÃO BIPOLAR


A gravidade da doença, a rede de apoio, a sorte ou o fracasso de encontrar medicamentos eficazes, um médico e psicoterapeuta especializado, afetam o sucesso com que a depressão bipolar pode ser estabilizada, além disto, é necessário muita determinação para a vida diária, mudanças importantes precisam ser feitas e mantidas, como a rotina de sono, alimentação saudável, atividade física, relacionamentos equilibrados e gerenciamento de estresse.

A depressão bipolar grave não só rouba a capacidade de aproveitar a vida, mas também pode interferir nos hábitos básicos de autocuidado, um banho, ou escovar os dentes fica pesado e difícil. Conhecendo essas dificuldades causadas pela depressão, é importante fazê-las com pequenos passos e sem vontade mesmo.


A ESCURIDÃO E O DESESPERO DA DEPRESSÃO BIPOLAR


Muitas pessoas podem perder a esperança quando um episódio depressivo demora muito a passar e o risco de suicídio é real.

Os estados mistos são potenciais para ocorrer o suicídio, pois o paciente tem as características da fase hipomaníaca como pensamentos acelerados e maior impulsividade misturado com os sintomas da depressão como a desesperança. Pode parecer que o suicídio é repentino, mas a pessoa pode estar pensando nisso há muito tempo, e agora tem o combustível para fazê-lo, ou seja, a desesperança junta-se com a impulsividade e os pensamentos acelerados que culminam em uma ação aparentemente repentina.


VOCÊ PODE SE AJUDAR NA DEPRESSÃO BIPOLAR


Sim, você pode e precisa se ajudar. Ter um plano de autoajuda pode evitar que sintomas menores se transformem em um episódio completo. O seu médico ou psicólogo pode ajudar a montar esse plano.

Para isso é necessário o conhecimento da sua bipolaridade. O transtorno bipolar se apresenta de maneiras distintas para a pessoas, podemos dizer que cada pessoa tem a sua bipolaridade.

No plano é importante saber identificar sinais e sintomas de quando está começando a ficar deprimido. A família ou um amigo de confiança pode ajudar a identificar e orientar a buscar ajuda. Tenha por escrito o que te ajuda a melhorar cada sintoma que se apresenta com mais frequência, principalmente no início.

Muitas coisas podem ser úteis nessas horas, como uma boa rede de apoio, o tratamento psicoterapêutico, a prática da espiritualidade.


SIM, pode haver uma luz na escuridão da DEPRESSÃO BIPOLAR.


CUIDE BEM DE VOCÊ!!

Se precisar de ajuda fale comigo AQUI

Lucinê Costa e Silva - Psicóloga CRP04/22623

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