O mês de maio é destinado à campanha de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes.
A cada 8 minutos no Brasil uma criança ou adolescente sofre abuso sexual. 80% acontece em ambiente familiar e por pessoas conhecidas da vítima. O abuso sexual é o segundo tipo de violência contra a criança.
Geralmente as crianças não falam sobre o abuso porque acham que é culpa delas ou porque foram convencidas pelo abusador de que isso é normal ou um “segredo especial”. Podem também ser subornadas ou ameaçadas, ou dizer que não serão acreditadas. Dependendo da posição do abusador na vida da criança ela pode se preocupar em não causar problemas para ele.
Abuso sexual é qualquer ato ou contato sexual, com ou sem o uso de força ou violência e sem o consentimento da vítima que pode ocorrer num único ou em vários episódios, de curta ou longa duração por alguém que possui relações de poder e hierarquia em relação à vulnerabilidade da vítima, podendo ocorrer ameaças implícitas ou explícitas, em casos de crianças também pode ocorrer através da manipulação ou chantagem emocional. É um ato que submete outra pessoa aos desejos do abusador. A agressão sexual viola os direitos fundamentais da vítima, incluindo o direito à integridade física e psicológica e à segurança.
Muitos sinais podem ser identificados quando uma criança ou adolescente está sofrendo abuso sexual. Se você perceber algum dos sinais abaixo, se coloque como apoio e se for possível busque ajuda profissional:
· Baixa autoestima;
· Dificuldades escolares, agressividade;
· Dificuldades nos relacionamentos;
· Comportamentos regredidos;
· Comportamentos erotizados;
· Sentimentos de medo, ansiedade e culpa;
· Isolamento social;
· Sintomas depressivos;
Os cuidados profissionais podem amenizar sintomas causados em decorrência do abuso. As pesquisas mostram que a criança ou adolescente que recebe esse apoio profissional e proteção familiar tem maior probabilidade de superar o trauma e apresentar resposta positiva ao longo do seu processo de desenvolvimento.
A agressão sexual tem inúmeras consequências potenciais que podem durar por toda a vida e abranger gerações, com sérios efeitos adversos na saúde, educação, relacionamentos e vida profissional de elevado sofrimento.
Em tempos de pandemia onde o isolamento social se faz necessário, os riscos de violência podem aumentar, por isso vamos juntos por esta causa – proteger nossas crianças e adolescentes - “o amor é a maior forma de proteção. ”
Se você vivenciou algum tipo de abuso ou violência sexual e precisar de ajuda profissional, fale comigo aqui.
Um abraço.
Lucinê Costa e Silva – Psicóloga CRP04/22623
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